segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Aos dois que não são mais um



Hoje eu abro aspas só pra postar esse texto fresquinho que eu fiz pra ver se uma amiga e um amigo entendem o recado... rsrsrsr
Gente, a vida é tão curta, amores felizes são tão raros.... VIVAM!!!!



Bem de repente os dois se viram dois. E ela tinha um punhado de anos a mais que ele, tanto faz quantos eram, vai lá saber pra que se contam anos nessas horas. Ele nem sabia contar isso. Pra que? Amor não se mesura em números. Ele sabia disso, ela não. Pra vocês verem o quanto esse punhado de anos a mais não a deram a sabedoria que ele, com os tantos anos a menos , teve...
No começo era assim, a regra dela era o segredo, só pra não deixar os outros falarem, afinal, eram tantos punhados de anos! Grande coisa, pensava ele, mas já que ela quer assim, que assim seja... E já que era assim, então outras regras caberiam também, se é que regras e amores andam de mãos dadas. E o tempo foi passando, o abraço mudou de contexto. Não era mais só abraço de corpo. Existia um abraço maior agora. De corpos e cumplicidades, de ligação, de olhar dentro dos olhos e ver o querer, o não gostar, o riso e a tristeza. O “ficar juntos” tinha mais gosto, mais cheiro, mais sabor. Uma pena que os punhadinhos de anos ainda estivessem no meio, juntos com o medo dela, o medo dele, uma pena...
E o tempo passou, as regras que apareceram já não agradavam tanto, o espaço ocupado pelo punhado de anos e os medos dela, junto com os medos dele, foi ficando escuro, frio, maior. Acabou por afastar o sorriso junto, o olhar lá dentro, o abraço preciso. Um dia esse espaço atropelou os dois. Se foram. Cada um pro seu lado, cada um pra sua vida.
Ah mas a vida não é assim tão boba pra se deixar enganar tão fácil não! Aquele abraço cobrou seu espaço, cobrou sua falta. A sabedoria dele fez morada no medo dela e de repente tudo brilhou diferente. Ela entendeu que o medo dela, junto com o medo dele e mais o punhado de anos sem importância nenhuma é que fizeram esse buraco no abraço. Genial descobrir isso quando o estrago já estava feito! Parecia mais uma dessas ironias que a vida tem, mas a vida, como eu já disse ali atrás, não é boba não... A vida também ensinou a ela que as pessoas mudam que as dores se curam, que amores que não puderam respirar sozinhos podem ter uma segunda chance e lá foi ela correr atrás do abraço seguro, do olhar que diz tudo, do sorriso fácil que ela ainda fazia aparecer.
Tomara que os dois aprendam que punhados de anos não medem amor. Que medos, sendo dele, sendo dela, quando juntos, só afastam. Que sorrisos tão cúmplices não devem se separar assim, por punhados de anos...

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